sexta-feira, 29 de julho de 2011

O mito do parto perfeito

Filha, o parto é mesmo... um parto!!!!
No nosso, que foi normal, algumas anormalidades aconteceram. Pra você ver, já que tanta gente faz propaganda do parto normal: que é uma maravilha, que a mulher nasceu pra isso, que quem nem tenta não é mãe... Cada besteira absurda!
Uma das coisas que eu gostaria que você aprendesse é ser mais respeitosa e aberta à opinião alheia do que muita gente por aí. É que eu acho que não dá, por exemplo, pra defender suas convicções a berros e xingamentos e tem muita gente que faz isso. Acaba só criando angústia pra si e para os outros.
Explico: na gravidez, fui a alguns workshops, li muito, fiquei superindecisa entre parto normal e cesárea (os na água e afins eu descartei de cara simplesmente pela dificuldade em fazê-los, não por não acreditar neles, que fique bem claro!). Meu obstetra se acostumou com minha lista de três páginas (é sério!) de dúvidas sobre o melhor método, o que mais traria benefícios a você, menos risco, etc. e tal. Na hora H não adiantou nada, já que eu senti a primeira contração às 3h e você nasceu às 7h05 (porque seguraram, senão, ia ser antes até). Ou seja, teve que ser normal mesmo.
Bom, era algo que eu queria, mas no nosso caso, a sua posição não estava tão boa para um parto normal. Daí tive que lidar com algumas chatices (traduzindo: dor, medo, dor, medo, dor e medo), mas estou aqui, blogando, um mês depois, pra você ver que tudo deu certo (pra nós duas, graças a Deus!!!). Se fosse cesárea seria melhor? Não sei dizer. Tinha que ser como foi. As mães que fizeram cesárea no mesmo dia tiveram alta bem antes de mim, mas também se sabe que complicações de cesárea são bem terríveis.
Então, filhota, quando você me perguntar como foi na hora do parto, vou te contar tudinho, mas isso não significa que no caso de qualquer outra pessoa seria igual. Das lições que a gente aprende nesta vida, uma das maiores é respeitar o outro, muito pela sua história e por tudo aquilo que ele carrega de experiência de vida. E é por isso que evito, a todo custo, ficar fazendo propaganda do melhor parto, da melhor forma de criar um filho, do que nunca fazer, blablablá. Além de ser uma chatice, quem sou eu pra julgar uma outra pessoa, não é mesmo?

3 comentários:

  1. Lili: parabéns pelo blog! É um excelente instrumento para trocar ideias, para desabafar e para ajudar outras pessoas. Tenho visto fotinhos da Gigi no FB e quero dizer que ela é muito fofa! Deus abençoe vocês imensamente! Beijos

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  2. Oi Li, já te disse pelo face que serei frequentadora assídua do blog né?! Estamos vivendo a mesma fase que vocês, de descobertas, aprendizado e muito amor. É muito bom compartilhar esses momentos e principalmente saber que "nem tudo são flores" para as mulheres de carne e osso como nós.
    Parabéns pela iniciativa! Vou comentando quando puder...beijos, Giana - mãe da Letícia (com 25 dias)

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  3. Lili, cheguei hoje ao seu blog pelo blog da Rose. Muito legal seu jeito de contar sua experiência com a Gigi, sem a pretensão de pregar nada. Acho muito válida essa lição de respeito à opinião alheia! Afinal, todo mundo tem direito de pensar o que quer, mas acho que esse direito extrapola um pouco quando vira um "tem que ser assim".
    Sei que está curtindo muito esse momento mamãe e desejo toda a felicidade do mundo pra vocês!
    Beijos com carinho.

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