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segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Amamentar, ato de amor

"Gigi, seu restaurante está chegando!!!". É assim que o Érico, meu marido e seu papai, filhota, tem se referido a mim quando você abre o berreiro porque a barriguinha tá vazia. Acho graça, mas nem sempre foi assim, não.
Nos primeiros dias, além de tudo ser muito novo, de não dormir direito e da recuperação do parto, as mamães precisam se tornar, elas próprias, o alimento do seus bebezinhos. É linda a ideia de que, após nove meses, aquele serzinho que saiu de dentro de você será nutrido unicamente pelo seu leite. Mas uma coisa que toda futura mamãe tem que saber é que as primeiras semanas são superdifíceis.
Pra começar, ninguém domina a arte de amamentar assim, de primeira. Na maternidade, são as enfermeiras quem ajudam o recém-nascido na pega do peito e não é de cara que se produz leite; primeiro vem o colostro, que é essencial para a imunidade do bebê, e depois de alguns dias o leite finalmente "desce".
A sensação do nenê sugar nas primeiras vezes é bem dolorida (fora que dá um medinho de não saber se vai dar certo). Eu andei "preparando o terreno" pra você antes: usei secador, tomei sol nas mamas, não passei hidratante, todas essas coisas que a gente aprende no obstetra. Mesmo assim, o bico machucou, trocou de pele, mas mamãe teve que ficar firme e forte e aguentar essas dores iniciais que tinham hora marcada pra se repetir (é que você, quando recém-nascida, não tinha muito horário pra mamar, mas geralmente era de duas em duas a três em três horas).
Todas as mães com quem eu conversei passaram por experiências parecidas, umas como eu e outras com complicações piores, que fizeram com que desistissem de amamentar ou as impossibilitaram de dar o peito para o nenê. Uma pena, porque dias depois tudo melhora bastante e aí começa uma etapa deliciosa, de curtir o nenê enquanto ele se alimenta, pegar na mãozinha dele, acariciar o rostinho, o cabelo... Dá trabalho, mas é algo tão intenso, tão íntimo entre mãe e filho que vale muito a pena. Sem falar nos benefícios que todo mundo já conhece.
Agora, filhinha, você já dá sinais de que reconhece a mamãe. Às vezes, solta um sorrisinho. Às vezes, um sorrisão largo desses de bebê de seis, sete meses (e eu choro de alegria, de verdade). E o sorriso que vem depois da mamada é um dos mais gostosos - de barriguinha cheia, é quase como se você agradecesse por mais uma refeição no "melhor restaurante do mundo".